quinta-feira, 18 de junho de 2009

A alergia dos cristãos à política

É interessante constatar que nos anos 60 e 70 os movimentos cristãos juvenis e universitários acalentavam um grande entusiasmo pelo compromisso social e político, discutiam-se acaloradamente as formas de participação política dos cristãos, qual o seu lugar e missão na edificação de um mundo novo ou de um mundo melhor.

É verdade que houve ambiguidades e derivas, tornando-se a política não uma dimensão, mas o centro e, em alguns casos extremos, a totalidade, relegando para um plano secundaríssimo a função eminentemente espiritual da proposta cristã. Mas a verdade é que hoje se corre o perigo oposto: o de buscar apenas uma espiritualidade, desenhada à maneira de um bem-estar íntimo, ou intimista, em que a Fé se torna um assunto privado, uma gestão exclusiva do eu, onde as necessárias implicações históricas e colectivas não entram. Será possível conjugar um grande amor por Deus com um grande desinteresse pelos homens? A rarefação do entusiasmo e da presença dos cristãos nas várias dimensões da vida pública é um sintoma preocupante na Igreja portuguesa.

O Deus em que os cristãos crêm não plana acima das questões escaldantes da história: Ele aparece claramente comprometido com a justiça e uma ordem social de equidade, manifestando-se a favor dos mais pobres. A opção pelos pobres, a escolha preferencial pelos sem voz nem vez remonta ao próprio Cristo e ressoa claramente nos textos das origens cristãs. Como resume a 1 Carta de São João (1 Jo 4,20): «Se alguém disser: “Eu amo a Deus”, mas não amar o seu irmão, esse é um mentiroso; pois aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê». A Fé para ser vital tem de aceitar o risco de ser uma Fé encarnada.

O Evangelho para ser vital tem de ser recebido como palavra transformante, como fermento colocado na massa. O cristianismo não coincide com nenhuma realidade política, mas em todas introduz uma tensão de amor, de justiça e de verdade. O cristianismo tem um sonho. Aqueles cristãos que dizem, “eu não quero sujar as minhas mãos na realidade do mundo”, como lembra Charles Péguy, “acabam rapidamente por fi car sem mãos”.

Texto do Pe. José Tolentino de Mendonça, publicado hoje no Página 1

sábado, 13 de junho de 2009

50 dias e 50 noites... arriscas 10?


O verão é sem dúvida o tempo mais fértil para estas acções e os Centros Hospitaleiros o “palco” mais propício para a experiência da Solidariedade e da HOSPITALIDADE.

Neste verão não te limites a ficar no teu canto, ou a fazeres o que é mais vulgar para um tempo de férias, vem até nós, arrisca-te, inscreve-te e participa num Campo de Férias, no Campo Missionário, no Acampamento Hospitaleiro, nas 115 horas de Hospitalidade ou na grande acção HospitaliDar sem parar! 50 dias e 50 noites.

Vive umas férias diferentes, “gasta” uns dias da tua vida:
- no Acolhimento, no Serviço e na Entrega à pessoa com doença mental;
- tecendo laços de verdadeira Amizade com outros jovens;
- na descoberta de Jesus Cristo, o HOSPITALEIRO por excelência.

Aqui encontrarás um novo sentido para vida e para os acontecimentos, aqui aprenderás que dar e receber são “água” da mesma fonte, daqui verás um mundo com uns olhos novos.
Vêm de coração livre e mãos abertas!

Para mais informações visita: www.juventudehospitaleira.org

Mais pormenores: clica aqui.
Folheto Hospitalidar: clica aqui.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ainda as eleições... onde estão os jovens?


Na freguesia de Real à semelhança de outras a abstenção no último acto eleitoral foi bastante elevada, principalmente entre os mais jovens.

Como refere a Bunny, uma jovem de Beijós:
Qualquer decisão politica interfere muito mais no nosso futuro, acho que diz muito mais respeito à geração mais nova. Contam-se pelos dedos de uma mão as pessoas da minha idade que foram votar. Não me venham com a conversa do «a mim não me diz nada», «não interfere nada na nossa vida». Votar é um direito que muito custou conquistar. É não deixarmos que os outros decidam por nós, temos a nossa opinião e devemos expressá-la, seja pelo voto num partido ou seja por um voto em branco. Abster é nao querer saber, é deixar que os outros decidam.
No verão de 2008 D. Antonino Dias desafiava os jovens de Braga a envolverem-se
na diversidade dos campos da actividade humana, incluindo a política, para que, através de um serviço humilde e competente, contribuam para um projecto de comunidade mais justo e humano.
Nós jovens temos um papel importante na nossa comunidade e devemos dar o nosso contributo para o seu desenvolvimento, incluindo assumindo cargos politicos.

Mas os séniores também deverão criar condições para que os jovens se empenhem e tenham algum protagonismo.

Estão quase aí as eleições autárquicas. Quantas candidaturas têm jovens (18-30 anos) nos três primeiros lugares?
Quantas autarquias promovem iniciativas para que os jovens participem e vejam nos "politicos" exemplos de empenho e competência em prol da sua comunidade?

Não podemos continuar a tratar os jovens como aqueles que ainda são novos e que nada sabem da vida... Temos que começar a olhar para eles como pessoas que têm o seu potencial e que com o apoio dos mais velhos poderão dar um contributo valioso na comunidade e serem protagonistas de um novo desenvolvimento.

Novas Oportunidades aos Jovens...


Nota: Imagem adaptada daqui

segunda-feira, 8 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

17º Festival Folclórico de Danças e Cantares da ACAB


Poderão ouvir alguns dos cantares recolhidos pelas freguesias do concelho de Mangualde pelo Grupo de Cantares da ACAB aqui.