
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Crucifixos e afins...
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Uma tarde diferente... ou uma forma diferente de fazer política.
domingo, 15 de novembro de 2009
Magusto'09 da Freguesia de Real
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
Mais um ano e mais uma Feira dos Santos!
O blogue tem andado um pouco parado, o tempo é pouco e a inspiração é canalizada para outros lados.
Por isso recupero aqui um texto que publiquei no ano passado aqui no blogue sobre a Feira dos Santos, onde outrora se comia a marrã e hoje comem febras!!!
Ocorre este fim de semana na cidade de Mangualde mais uma edição da Feira de Santos. Quem se deslocar pela cidade encontrará umas maravilhosas placas amarelas a dizer "Febras", pois o que interessa são as febras e não a tradicional feira, onde não se comia apenas a marrã.
Então mas come-se febras ou marrã?
Como diz o ditado, a tradição já não é o que era, e como tal a designação "marrã" caiu em desuso na década de 70 do século passado e passou a usar-se o termo febras.
Mas outrora esta feira foi conhecida, não pela feira das febras mas sim pela marrã.
No Notícias da Beira encontramos várias referências à marrã nas notícias referentes à Feira de Santos:
- Em todo o caso fizeram-se muitas e variadas transacções, especialmente da tradicional "marrã", pois foram abatidas algumas centenas de cevados. (NB, 441, 10-11-1947).
- O facto imprimiu ao ambiente um ar de grande entusiasmo e movimento em todos os sectores do mercado, tendo-se realizado importantes transacções, principalmente de marrã, sendo abatidos mais de 500 suínos! (NB, 801, 10-11-1962).
- Destaca-se ainda a venda de carne de suíno (marrã) pois além do consumo que nesse dia se repista nos restaurantes e nas pitoresas bancas... (NB, 824, 1963).
Para quem não saiba o termo marrã designa a bácora que já deixou de mamar ou simplesmente a sua carne. O termo é bastante antigo e aparece no Foral manuelino de Tavares (10-02-1514). O bácoro ou a sua carne era chamado de gorazil (termo que também surge no Fora de Tavares). Com o tempo o termo gorazil caiu em desuso e o termo marrã passou a designar genericamente a carne fresca de porco ou porca.
Em Mogadouro, por exemplo, a Feira anual chama-se Feira dos Gorazes, mas as pessoas dizem que comem a marrã!
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Tomada de posse dos eleitos para a Assembleia de Freguesia
No próximo Sábado, 31 de Outubro, pelas 16 horas na sede da Junta de Freguesia tomarão posse os eleitos para a Assembleia de Freguesia de Real.
Foram eleitos para a Assembleia de Freguesia os seguintes cidadãos:
Pedro Pina Nóbrega, Paulo Jorge de Sousa Lemos, António Manuel Correia Nunes e Manuel Martins Sarmento (CDU); Armando Amadeu Ferreira, Inácio Saraiva Bernardo e Paulo Jorge de Matos Ferreira (PPPD-PSD/CDS-PP).
Logo após a tomada de posse realizar-se-á a 1ª reunião da Assembleia de Freguesia com a finalidade de eleger os vogais para a Junta de Freguesia e os membros da Mesa da Assembleia de Freguesia.
sábado, 24 de outubro de 2009
Não esquecer... Mudança da hora

quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Um nevão em Rio de Moinhos, Sátão
Hoje trago uma partilha sobre um nevão que ocorreu em 1887/8 em Rio de Moinhos do vizinho concelho do Sátão.
O relato desde nevão foi lavrado na 1ª página de um livro de baptismos, com certeza pelo pároco de então, que hoje se encontra depositado no Arquivo Distrital de Viseu (ADVIS, Paroquial do Sátão, Cx. 6-C, n.º 25, f. 1).
Nos dias 21 [?] a 31 de Dezembro de 1887 foi tanta a neve nesta freguesia, e tanto o frio que foi preciso abrirem os vizinhos as portas uns aos outros, e foi tanto o gelo, que durante os dias não foi possível tocar os sinos, e as portas que se fechavam em poucos instantes estavam presas, sendo preciso para abri-las quebrar o gelo e força-las com paus por dentro e por fora. Continuou em Janeiro e Fevereiro um frio glacial. No dia 21 de Fevereiro uma grande camada de neve.
Bem Haja à D. Helena Ferreira, distinta funcionária do ADVIS que nos deu a conhecer este relato.
domingo, 18 de outubro de 2009
www.real-pct.net com novo visual
O site sobre a freguesia de Real sofreu uma alteração gráfica devido à mudança para a plataforma do wordpress.
Em breve irá conter um blogue com notícias da freguesia.
Estamos, também, a preparar uma actualização do trabalho monográfico sobre a história e o património da freguesia com novos dados que entretanto encontrámos.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
António Nuno Barreiros: Conhece este penalvense?
António Nuno Barreiros (1928-2001), musicógrafo, crítico e profissional de Rádio, nasceu em Castendo (actual Penalva do Castelo). Fez estudos de composição, instrumentação, estética e história da música com Luís de Freitas Branco, de quem se tornou incondicional seguidor. Em 1959, ingressou como assistente musical na antiga Emissora Nacional, ali ocupando sucessivamente os cargos de realizador, chefe do sector de música erudita, chefe de programas nacionais e director do Programa 2. Foi crítico musical permanente do Diário Ilustrado, do Diário de Lisboa e do Jornal do Comércio, além de colaborador assíduo noutros periódicos como a Gazeta Musical, Vértice,Boletim da Juventude Musical Portuguesa, Diário de Notícias, O Século e Comércio do Porto. Além de vasta produção escrita, de que se destacam ainda os artigos que escreveu para a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, proferiu inúmeras conferências e palestras sobre música e músicos portugueses.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Concerto Solidário: Lisboa

domingo, 27 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
ainda ... de férias

Bem Hajam todos com quem me cruzei nestes quatro dias...
Onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más
acções. Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e
generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia. O
fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz. De onde vêm
as guerras? De onde procedem os conflitos entre vós? Não é precisamente das
paixões que lutam nos vossos membros? Cobiçais e nada conseguis: então
assassinais. Sois invejosos e não podeis obter nada: então entrais em conflitos
e guerras. Nada tendes, porque nada pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis
mal, pois o que pedis é para satisfazer as vossas paixões.
Tg 3, 16 – 4, 3
Proposta para as Jornadas Europeias do Património
Dias 25 e 26 de Setembro
Concerto Coral e Rota Cultural
Organizados pelo Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu e Câmara Municipal do Sátão.
Apesar de no site do respectivo município nada constar também haverá actividades em Mangualde. + info aqui
terça-feira, 15 de setembro de 2009
CDU em Real 2009: Uma equipa, um projecto em prol da freguesia e suas gentes

A CDU apresenta uma equipa constituída por pessoas da freguesia, independentes, que conhecem os problemas da nossa terra e da suas gentes, e que estão empenhados em encontrar soluções para a sua resolução.
A nossa freguesia encontra-se num estado desastroso. É preciso “sangue novo” capaz de desenvolver novas estratégias de desenvolvimento e procurar novas soluções e que não se conforme com a incapacidade da Câmara Municipal e das outras entidades para resolver os nossos problemas.
O nosso plano de acção é um conjunto de ideias e propostas realistas que podem ser executadas em prol do desenvolvimento da nossa terra. Aberto a sugestões de todos quantos queiram contribuir para o desenvolvimento da nossa Freguesia.
Ao longo destes quatro anos, a CDU lutou pela resolução dos problemas, tendo conseguido muitas vitórias em nome da Freguesia. É este mesmo empenho e compromisso de Trabalho, Competência e Honestidade que a nova equipa da CDU assume para os próximos quatro anos!
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
11 de Setembro de 1985: Acidente Ferroviário de Alcafache
Na via férrea única que cruza o centro do País, serpenteando entre Coimbra e Vilar Formoso, tinham chocado dois comboios. A composição número 315, mais conhecida por Sud-Express, tinha saído do Porto com cerca de meia hora de atraso, por volta das 15h40, com destino a Vilar Formoso, Hendaia e finalmente à estação de Austerlitz, em Paris. Como já era costume, o fim das férias marcava o adeus de milhares de emigrantes à terra natal e algumas centenas enchiam naquele dia as carruagens-cama do “Sud”.
Atrasos eram corriqueiros, mas naquele dia a central de Coimbra avisara já os chefes das estações de comboio até Nelas, que aquela composição tinha prioridade sobre o tráfego regional. Um aviso feito por telefone, única forma, nessa altura, de comunicar com as estações, que por sua vez transmitiam as instruções aos maquinistas das composições. Entre comboios imperava igualmente o silêncio, já que à época, em Portugal, nenhum dispunha de qualquer dispositivo de comunicação.
Em sentido contrário, às 16h55 partia pontualmente da Guarda a composição número 1324, com destino a Coimbra, algumas dezenas de passageiros a bordo e paragem marcada em todas as estações e apeadeiros. Era uma questão de fazer contas. O comboio da Guarda devia aguardar a passagem do Sud-Express na estação de Mangualde. A falta de dispositivos de comunicação revelar-se-ia, no entanto, fatal, como já nesse ano tinha ficado demonstrado com a ocorrência de outros oito acidentes ferroviários. Uma situação que o acidente de Alcafache obrigaria, aliás, a mudar radicalmente. Contando com o atraso do comboio proveniente do Porto, a composição da Guarda seguiu caminho, rumo a Nelas. Encontraram-se da pior maneira, numa das poucas zonas de recta do caminho-de-ferro, perto do apeadeiro de Alcafache e de Moimenta do Dão, a povoação mais próxima.
O alerta, segundo as noticias da época, terá sido dado por uma brigada da GNR, que ali perto, na Estrada Nacional 234, montara uma operação stop de rotina.
O desastre de Alcafache foi uma tragédia á qual os operacionais de socorro que acorreram ao local souberam responder.
Colaboração Bombeiros Voluntários de Mangualde
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Sepulturas escavadas na rocha da freguesia de Quintela de Azurara
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
O meu contribruto
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Será que um católico pode ser candidato a uma autarquia pela CDU?
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Finalmente...
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Alguém aqui na freguesia anda a precisar de ler isto...
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Carlos Paião: 21 anos depois...
Carlos Paião é para mim um dos grandes compositores da década de 80. Sabia brincar com as palavras e a música. Quem não se lembra de "Trocas e Baldrocas", "Vinho do Porto, Vinho de Portugal", "A Canção do Beijinho", "Bamos lá Cambada" ou "Pó de Arroz", entre muitas.
Faz hoje 21 anos que Carlos Paião morreu num acidente de viação a caminho de Penalva do Castelo onde iria dar um espectáculo nas Festas da Vila.
Podem conhecer ou recordar algumas da músicas do Carlos aqui.
Uma biografia dele pode ser contuldada na wikipédia.
domingo, 23 de agosto de 2009
Hoje é o Encontro da Família Pina

quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Autárquicas 2009 em Real

sábado, 15 de agosto de 2009
Arte, Poder e Religião nos tempos medievais - A identidade de Portugal em construção

Foi inaugurada ontém no Museu Grão Vasco, Viseu, a exposição “Arte, Poder e Religião nos tempos medievais - A identidade de Portugal em construção”, com a presença de S. Ex.ª o Presidente da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva.
A Exposição integra obras de arte representativas do período dos alvores da nacionalidade nas vertentes do poder, da religião e da produção artística, uma fase da história de Portugal em que a figura de D. Afonso Henriques assumiu particular protagonismo. Às peças que são expressivas do pensamento e da estética medieval, associaram-se outras, de épocas posteriores, que iconograficamente evocam acontecimentos e figuras particularmente significantes desse período histórico e exemplificam os legados que se perpetuaram ao longo dos séculos.
Na selecção das obras, preferiram-se exemplares directa ou indirectamente relacionados com a Região Centro, ajudando à interpretação e ao conhecimento da produção artística desta área geográfica e à compreensão do seu significado na relação com o contexto histórico. Para algumas abordagens, foi imprescindível o recurso a peças de outras regiões do país. Assim, foi possível reunir um significativo conjunto de peças, na sua maioria do período medieval, algumas das quais nunca tinham sido expostas.
Arte, poder e religião são três vertentes estruturantes do período da formação de Portugal, essenciais à compreensão das características da história e da identidade nacional. Nas suas realizações e evolução estabeleceram-se relações de proximidade e de influência, que impõem uma abordagem numa perspectiva de conjunto.
A exposição compõe-se de quatro núcleos: - Entre Cristãos e Muçulmanos; - Celebrar e venerar; - Escultura devocional; - Sacralização do espaço e do tempo.
Entre as mais de seis dezenas de peças expostas encontram-se algumas de referência da arte medieval como um cálice do século XII do Museu Nacional Machado de Castro ou os cofres de Limoges da Sé de Viseu. Em simultâneo são várias as peças que são expostas ao público pela primeira vez, como a montagem de dois arcos do claustro do mosteiro de São João de Tarouca ou o lintel com epígrafe da capela de Nossa Senhora do Barrocal (paróquia das Romãs, Sátão). Do concelho de Mangualde está patente uma imagem de pedra ançã de Santa Catarina do séc. XIV, pertencente à paróquia de Quintela de Azurara.
Até 14 de Novembro
3ª feira 14h-15h30m
4ª feira-Domingo: 10h-17h
Entrada Gratuita
domingo, 9 de agosto de 2009
bem ou eu ando enganado ou anda muita gente acomodada a não respeitar a Lei...
Festas do Concelho - Penalva do Castelo
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Deus omnipotente quis chamar desta vida para Si o nosso irmão, cujo corpo entregámos à terra, para que volte ao lugar de onde foi tirado. Supliquemos a Cristo nosso Senhor, que ressuscitou como Primogénito dos mortos e há-de transformar o nosso corpo mortal para o tormar semelhante ao seu Corpo glorioso, que receba na sua paz este nosso irmão e o ressuscite no último dia para a glória eterna.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
A Ribeira está de luto...
A nosa Pátria está nos Céus, donde esperamos, como Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo miserável, para o tornar semelhante ao seu corpo glorioso, pelo poder que Ele tem de sujeitar a Si todo o universo. (Filip 3, 20-21)
O Funeral será amnhã na Ribeira pelas 17h30m
terça-feira, 28 de julho de 2009
Ainda o Jota: Há festivais de música de Verão onde se pula, se bebe cerveja, mas também se reza
Ou não: "Neste festival, a diferença é que falamos da radicalidade do evangelho e tentamos evitar algumas degradações", diz ao PÚBLICO o padre Jorge Castela, 37 anos, director do Departamento de Pastoral Juvenil da Guarda e responsável da programação musical do Festival Jota, terceiro festival de música cristã que ontem terminou em São Jacinto (Aveiro). Por isso, será muito difícil haver bebedeiras ou drogas - as bebidas alcoólicas têm a venda controlada. "Esperamos que não aconteça."
Jorge Castela é também líder e uma das vozes da Banda Jota. Em palco, o pop-funk transfigura o padre. Com boina, ele pula, bate palmas, puxa pelos espectadores, curva as ancas em movimentos de dançarino. "Quem gosta de Jesus diga: eu!" E inicia uma das músicas da banda com mais sucesso entre os pelo menos 1200 jovens no recinto: "Não pares de pular, não pares de rodar, não pares de acenar, não pares de dançar, não pares de gritar."
Os movimentos do público seguem a letra. O entusiasmo aumenta à medida que a banda redobra o ritmo e o som. É um momento alto do concerto de sábado à noite. Mas a noite fica ao rubro quando Gaby Soñer, francês, 47 anos, em Espanha há 23 e ex-líder da banda Capitain Flynn, toma conta do palco. Apenas acompanhado por duas guitarras acústicas e a voz de Mariola Alcocer, Gaby, dois grandes brincos nas orelhas, mostra a voz poderosa de cantor rock e um corpo que se transfigura na música que compõe.
Convertido à fé cristã no âmbito do Renovamento Carismático Católico, grupo que tem uma das suas marcas na expressão da oração pela música e pelos gestos corporais, Gaby não pára quieto, desce do palco, vem junto das pessoas. A dada altura, ajoelha-se na relva húmida, abre-se uma clareira de gente em volta que bate palmas, baila os corpos e entoa os coros. "Dios de amor, Dios de bondad, tu me creaste para adorarte, You are my Lord, Cristo vive, Aleluia", Gaby mistura as línguas numa babel unificadora. "Dou-vos o meu coração", grita depois já de cima do palco. "Esta música expressa aquilo que nasce dentro de mim, com a força que Deus me permite", diz logo a seguir ao concerto. Músico de rock durante doze anos, há outros dez a fazer música religiosa, Gaby diz que as suas composições são uma "fusão entre rock e alegria". E admite admirar músicos como os Ever Last, um "hip hop acústico", e a portuguesa Mariza - "estoy loco".
"Esta música mexe comigo porque fala de algo em que acredito", diz Mariana Guarino, 17 anos, enquanto dança os ritmos dos Simplus, a banda do Estoril que abre a noite. Os Simplus são substituídos pela multidão em coro quando, por dois minutos, uma falha de corrente corta o som de palco: "A vida não vai parar, tens tudo para dar..." Vinda de Valongo do Vouga (Águeda), Mariana diz: "Gosto muito de música com mensagem." Inclui-se aqui um grupo como os Xutos e Pontapés. "Ambos [bandas religiosas e Xutos] fazem pensar na vida, nas nossas atitudes."
O evangélico Héber Marques e a sua banda encerram o concerto do palco principal com direito a três encores. Cruzando o funk, o soul e os ritmos africanos, e ainda com um momento de rap, Héber Marques, 25 anos, professor de Música, admite que um mercado para esta música não é fácil em Portugal. "A diferença está só nas letras. Mas tem havido grande aceitação de muita gente" - e todas estas bandas já gravaram discos.
No final do concerto, quase duas da manhã, os ecrãs projectam a oração da noite. Um conjunto de imagens do dia, pontuadas por títulos: "Um tesouro, a água, o alimento, os amigos, a música..." E uma frase de São Paulo a fechar: "Trazemos este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso." Daí a segundos, abre-se a tenda do disc-jockey para pôr toda a gente a dançar mais uma hora.
Rock cristão, uma história incipiente em Portugal
Ao contrário do que acontece em países como os Estados Unidos, Brasil, Itália, Espanha ou França, a música rock ou pop de inspiração cristã não tem, até agora, grande tradição em Portugal. Mas houve já várias experiências de reconhecida qualidade neste campo.
No final da década de 70, um grupo de jovens da paróquia de Santos-o-Velho levou a Fátima a paraliturgia musical Páscoa Libertação. Ainda em 1979, em Aveiro, o Salmo do Século XX e, depois, as Dez canções para a paz (já no início da década de 80), ambas da autoria de Carlos Pedro e no âmbito da pastoral de jovens da diocese, aliavam também a qualidade musical ao fino trabalho literário - o elemento que ainda precisa de ser aperfeiçoado por algumas das bandas que estiveram neste fim-de-semana no Festival Jota.
Uma segunda vaga iniciou-se com o projecto Kyrios, que chegou a ser apresentado na Expo-98, em Lisboa. Agora, os mais conhecidos desta área serão os Pontos Negros e a editora Flor Caveira, que reúne protestantes e evangélicos da área de Lisboa, onde a qualidade literária e musical se juntam de novo. Na madrugada de domingo, Clara Raimundo e Pedro Marques apresentaram também o seu duo Laetare, cuja sonoridade remete imediatamente para os Madredeus com Teresa Salgueiro, e onde há bons prenúncios no trabalho literário e de composição.
Provavelmente por estas razões o padre Rui Barnabé, director do Secretariado da Pastoral Juvenil de Aveiro, insiste na necessidade da qualidade - uma das marcas que a organização e os quase 200 voluntários conseguiram imprimir nesta edição do Jota.
Talvez por isso, também, um dos workshops de sábado à tarde era para aprender a fazer música. Rafael Campanile, brasileiro de 34 anos, a viver em Portugal há sete e professor na Oficina de Música de Aveiro, ensinava como deveriam entrar, à vez, bateria, baixo, guitarras e teclas. "Se não funcionar como grupo, não adianta." E do festival onde está a colaborar, diz já ter ouvido algumas composições da Luz Jovem, banda de Setúbal que tocaria à noite no palco secundário: "Tem um som gostoso."
António Marujo
domingo, 26 de julho de 2009
Recordando... O atletismo em Real

sexta-feira, 24 de julho de 2009
Festival Jota 2009
Nem mais! Está aí o maior acontecimento musical de inspiração cristã em Portugal. Este fim-de-semana, 24, 25, 26 de Julho, na praia de São Jacinto, Aveiro.
Os números falam por si:
17 bandas para os concertos dos três dias;
Mais de 30 pessoas envolvidas nos foruns de Sábado de Manhã;
Mais de 40 workshops a funcionar em simultâneo na tarde de Sábado;
Mais de 100 voluntários a trabalhar durante os três dias do Festival;
Estão já confirmadas mais de 1100 pessoas na Aldeia ao longo dos três dias do Festival;
Fica por dentro de tudo, entrando no sítio do Festival Jota!
Retirado de: Consolata Jovem Blogue
quarta-feira, 22 de julho de 2009
O Património Cultural de Mangualde... um legado para o futuro II

A existência de mais de duas dezenas de imóveis, sítios e conjuntos poderá ser uma oportunidade para promover acções de sensibilização junto da população sobre a importância de um monumento estar classificado e ao mesmo tempo alertar a mesma população para a existência de imóveis classificados.
Quando percorremos o concelho de Mangualde em 2005 verificámos que a população que encontrávamos nas aldeias reconhecia a antiguidade de alguns bens, mas desconhecia se estavam ou não classificados. Algumas vezes sabiam, porque tinham imóveis na zona de protecção e quando tiveram que efectuar obras o organismo da tutela teve que dar o seu parecer.
A classificação de imóveis ainda é vista como um empecilho para o progresso das aldeias, pois em muitos casos um raio de 50 metros abrange uma área considerável e afecta um número elevado de proprietários.
Um trabalho em parceria, aproveitando a abertura de outras instituições, como sejam as associações locais, poderia desenvolver junto da população um trabalho de sensibilização para a importância destes actos e para as suas reais implicações na zona de protecção dos imóveis. Existem casos no concelho que devido à classificação de imóveis, estes não sofreram danos e hoje podem ser usufruídos pela comunidade local e por visita o concelho. O caso da Ermida de Nossa Senhora de Cervães, que graças a uma intervenção rápida da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, foi desencadeado o seu processo de classificação e evitou que fosse aprovado um projecto de obras que desvirtuaria este imóvel, ou o caso da Fonte de Chafurdo da Quinta dos Linhares, cuja abertura do processo de classificação evitou a possibilidade deste imóvel ser transferido para outro concelho.
Desde 1999 que as Câmaras Municipais possuem competência própria para aprovarem a classificação de imóveis, conjuntos e sítios como de interesse municipal. Tal competência permite que os processos de classificação sejam rapidamente desencadeados e concluídos de uma forma mais célere, quer seja com a classificação ou não classificação do monumento proposto.
Mas tal celeridade, que não ocorreu na administração central, está comprometida, neste momento, com a falta de recursos humanos capacitados para a instrução dos processos no âmbito camarário.
Basta comparar os processos que foram abertos e concluídos entre Março de 2005 e Fevereiro de 2006, período em que a câmara mangualdense dispôs de recursos humanos na área do Património Cultural, e o período de Fevereiro de 2006 até à actualidade, em que diversos processos não foram sequer abertos, outros aguardam a informação final para o seu desfecho e outros tiveram uma tramitação irregular.
No que diz respeito à administração central e desconcentrada do Estado continua a registar-se uma morosidade na análise dos processos de eventual classificação, que talvez se resolva com o aumento dos recursos humanos afectos a esta competência ou a simplificação dos procedimentos.
Existem diversos levantamentos do património arquitectónico e arqueológico, alguns com mais de dez anos, outros mais recentes. Independentemente da época da sua elaboração, constituem um instrumento importante, pois permitem termos um conhecimento básico da realidade patrimonial do concelho e assim seleccionar imóveis, conjuntos e sítios que possam merecer uma classificação.
No entanto, há que ter cuidado para não se cair no erro de tudo classificar, pois existem outras formas de salvaguarda como sejam os planos de salvaguarda, planos de pormenor e outros a ser elaborados em sintonia com o plano director municipal, que no caso de Mangualde os prevê para algumas zonas históricas.
Publicado no jornal Notícias da Beira, n.º 2454, de 20-07-2009