Ontém decorreu em Esmolfe mais uma Feira da Maçã Bravo de Esmolfe, organizada pela Câmara Municipal de Penalva do Castelo, Junta de Freguesia de Esmolfe e FELBA.
Um produtor referiu o seguinte, sobre o processo de certificação da maçã:
"Só exigências, exigências, burocracia atrás de burocracia. Tanta coisa, que os fruticultores até desanimam e desistem.", questionando-se "Vieram fazer análises aos solos, à água, à maçã, às folhas das macieiras. Para quê tanta coisa?"
Pois para mim a resposta parece óbvia para que o consumidor não coma "gato por lebre".
Mais do que criticar todo o processo de certificação, deveria-se sim, elucidar os produtores da importância deste processo, e alertar os consumidores para consumirem apenas maçã certificada.
Os consumidores têm direito que a certificação seja o resultado de um processo rigoroso e os produtores têm o dever de garantir o rigor deste processo. Só assim, estaremos todos a defender a "Maça Bravo de Esmolfe".
Se continuamos, ano após ano, a criticar o processo de certificação, não passamos da cepa torta.
A descrição das várias etapas do processo de certificação poderá ser consultada aqui.
Outra declaração que surge no mesmo artigo é a do nosso presidente da Câmara Municipal:
É um investimento que tem pernas para andar. Assim haja empresários privados interessados. A câmara vai motivá-los.
Refere-se à "ideia da construção de uma unidade transformadora da maçã excedentária (refugo), em compotas, concentrados e outras formas".
Porquê esperar por empresários privados. Com tanta gente desempregada no concelho, outra tanta a receber o Rendimento Social de Integração, porque não se incentiva a formação das pessoas e a criação de uma Empresa de Inserção Social cujo fim fosse a transformação da maçã excedentária (refugo), em compotas, concentrados e outras formas.
Poderão ver um exemplo de uma empresa de inserção social aqui
Não podemos deixar de investir nas pessoas que temos no nosso concelho!
Deixo também um video produzido pela Dão TV.
1 comentário:
Amigo PPN, já um longo tempo que não lhe fazia uma visita.
Concordo com a ideia e sentido da sua postagem. Assim muito genéricamente:
Temos de Certificar para combater as falsas imitações que nos podem perigosamente destruir a imagem do nosso produto assistindo a uma verdadeira banalização. Temos tudo a nosso favor para o conseguir, nem que seja com a mudança de produtores se, os actuais não tiverem estofo nem vontade em aceitar que a mudança tem de ser feita.
Sei que é custosa esta mudança, mas tem de ser feito. Não podem estes produtores aguardar sorrateiramente que a nossa autarquia desembolse esforços para quem não sabe tirar proveitos e/ou dividendos. A Feira apoiada pela autarquia, junta e pela FELBA são uma valente aspirina, mas de nada serve se os próprios produtores não desenvolvem esforços.
Também é verdade que a riqueza de um município está muito na população, entre muitos destaco o nível de qualificação da população. Se não houver aposta e investimento nas competências e valências da população, nomeadamente aqueles que vivem ligados à maquina! Nunca podemos desenvolver uma região ou um país onde uma grande parte da população não se governa se lhes faltarem os apoios sociais.
É esta a fraqueza de um pais, ter uma população que não pensa naquilo que pode oferecer a um país, mas tristemente pelo contrário, pensa no que o pais pode fazer por eles(as).
Abraço
Enviar um comentário